Infraestrutura

Moradores reclamam de condições precárias em rua do Bairro Itararé

Mariana Fontana

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Quem transita pela primeira quadra da Rua Fernando Neumayer, no Bairro Itararé, tem a sensação de estar em um lugar deserto, longe de uma área urbana da cidade. Isso porque o início da rua está completamente tomado pelo mato. Os moradores afirmam que já perderam as contas de quantos protocolos de manutenção solicitaram à prefeitura e dizem que, até agora, nada foi feito.

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A rua é de pedra e está repleta de crateras. Segundo a professora aposentada Ana Maria Duarte, 62 anos, que mora no local há 21 anos, a patrola da prefeitura só visitou o lugar por três vezes em todo esse tempo. A última manutenção foi realizada há cerca de 10 anos. Conforme a moradora, em dias de chuva, é impossível transitar pela via, tanto a pé, quanto de carro.

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Além do mato, a rua, que dá nos fundos da Escola João Link Sobrinho, também esconde outro problema: virou depósito de lixo a céu aberto.

– Jogam de tudo ali. Animal morto, resto de material de construção, sofá, televisão, tudo. A rua é trânsito para a escola, mas é um abandono total – desabafou Ana.

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Além da questão ambiental e de infraestrutura, os moradores também se preocupam com a segurança, principalmente em função das crianças que frequentam a escola. Segundo a policial civil Eliziana Cardoso, 49 anos, durante a noite, o local vira ponto de encontro de marginais e de comércio de drogas.

Segundo ela, no Carnaval, a escola foi alvo dos bandidos, que levaram computadores e condicionadores de ar que ainda nem haviam sido abertos. Conforme Eliziana, em janeiro de 2013 a prefeitura prometeu melhorar as condições da via:

– Eles garantiram que, até o final daquele ano, iriam calçar a rua. E o que aconteceu? Estamos até agora esperando. Eles dizem que não têm profissionais para vir fazer o serviço, mas, para aumentar o IPTU, eles encontraram funcionários. A gente tem que conviver com o cheiro ruim, com a insegurança. Ninguém nunca foi assaltado aqui, porque de noite ninguém sai de casa.

Conforme o professor aposentado Felipe Panerai Alves, 59 anos, se a rua recebesse manutenção, muitos problemas poderiam ser evitados.

– Se a via estivesse limpa, com calçadas, com o mato cortado, com toda a certeza, iria inibir que as pessoas viessem colocar lixo aqui. Se continuar assim, essa rua vai desaparecer no meio da zona urbana da cidade, porque o matagal está tomando conta – afirmou Alves.

Rua receberá manutenção

Conforme o secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços, Tubias Calil, não há, no momento, nenhuma intervenção programada para a rua. No entanto, ele se comprometeu em enviar uma equipe da secretaria para fazer uma vistoria técnica no local, para definir medidas que podem ser adotadas.

– Eu não prometi fazer nada nesta rua. Não tem nada programado de calçamento ou asfaltamento. O que pode ser feito é uma manutenção. Vou mandar a equipe, e a rua vai entrar em um cronograma da prefeitura. Quando puder ser feito algo, será feito – afirmou Tubias.

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